LECYTHIDACEAE

Cariniana legalis (Mart.) Kuntze

Como citar:

Raquel Negrão; Marta Moraes. 2019. Cariniana legalis (LECYTHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

775.376,924 Km2

AOO:

468,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Ribeiro et al., 2019) ocorre nos estados de ALAGOAS, município de Murici (Nusbaumer, et al. 4673); BAHIA, municípios de Almadina (Jardim 1268), Amargosa (Neves 111), Buerarema (Pinheiro 246), Conde (Bautista et al. 1824), Entre Rios (Popovkin 1889), Ibicaraí (Pirani 2983), Ilhéus (Sambuichi 1114), Ipiaú (Belém 3393), Itabuna (Mattos-Silva 417), Itacaré (Belém 2216), Itagibá (Guedes s.n.), Jussarí (Jardim 4651), Pau-Brasil (Lorenzi 1539), Prado (Monteiro 23678), Uruçuca (Carvalho e Chautems 1672); ESPÍRITO SANTO, município de Aracruz (Oliveira 679), Cachoeiro de Itapemirim (Moreira 52), Colatina (Menandro 286), Conceição da Barra (Ana Luiza s.n.), Conceição do Castelo (Folli 6900), Fundão (Souza 181), Jaguaré (Ribeiro 854), Linhares (Silva 149), Pancas (Gomes 1604), Santa Leopoldina (Kollmann et al. 10865), Santa Teresa (Vervloet 1819), Serra (Santos et al. 6); MINAS GERAIS, municípios de Carangola (Leoni 2778), Faria Lemos (Leoni 4364), Marlieria (Kuhlman 323), Matozinhos (Melo 552), Monte Belo (Weyland 1959), Paraopeba (Heringer 7491), Rio Pomba (Heringer 2524), Santa Rita do Itueto (Luz 158), Santana do Riacho (Duarte 8141), Tombos (Barreto 1562); PARAÍBA, municípios de Mamanguape (Gadelha et al. 2931), Rio Tinto (Sevilha 2361); PERNAMBUCO, municípios de Paudalhos (Andrade-Lima 1018), São Lourenço da Mata (Silva 1); RIO DE JANEIRO, municípios de Armação dos Búzios (Ribeiro 1179), Cachoeiras de Macacu (Kurtz s.n.), Campos dos Goytacazes (Farney et al. 3375), Guapimirim (Martinelli 9968), Macaé (Fontana 7546), Mangaratiba (Bovini 1746), Maricá (Machado 2102), Niterói (Machado 1117), Nova Iguaçu (Lima et al. 8456), Rio Bonito (Farney 4323), Rio de Janeiro (Ribeiro et al. 989), Santa Maria Madalena (Messias 60), São Pedro da Aldeia (Martinelli 12196), Silva Jardim (Duarte 118); SÃO PAULO, municípios de Águas da Prata (Toledo Filho 26035), Bananal (Farág 513), Campinas (Santos 2894), Caraguatatuba (Stefani 14), Itatiba (Santos 3947), Itatuba (Amaral 30302), Itú (Prance 23707), Monte Alegre do Sul (Kuhlman 1423), Morungaba (Santos 3180), Pedreira (Santos 1891), Piracicaba (Colletta 2055), Santa Rita do Passa Quatro (Ceccantini et al. 3930), Santo Antonio de Posse (Moraes 2196), São José do Barreiro (Freitas 275), Vinhedo (Guillaumon s.n.) .

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2019
Avaliador: Raquel Negrão
Revisor: Marta Moraes
Critério: A2ce;B2ab(i,ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

Árvores de até 38 m de altura, endêmica do Brasil (Ribeiro et al., 2019). Popularmente conhecida por jequitibá-rosa, jequitibá-vermelho, jequitibá-cedro, jequitibá-de-agulheiro, estopa, jequitibá-grande, pau-caixão, pau-carga, jequitibá-branco, congolo-de-porco e caixão (Prance e Mori, 1979; Mori, 1995; Lorenzi, 2002), possui potencial valor econômico, sendo sua madeira altamente comercializada para utilização na construção civil, fabricação de móveis e outros utensílios, e há registro de que sua casca possui propriedade medicinais (Prance e Mori, 1979). Ocorre nos domínios da Mata Atlântica (Ribeiro et al., 2019), sendo coletada na Floresta Ombrófila dos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Apresenta AOO=464 km², dispersão irregular e descontínua, caracterizando população severamente fragmentada, com grande densidade em algumas áreas e pouca densidade ou ausente em outras (Lorenzi, 2002). Trabalhos de campo recentes (Smith et al., 2016) sugerem que a espécie é bem comum, mas assim como outras espécies do gênero Cariniana, a madeira de C. legalis é muito valiosa e suas subpopulações têm diminuído, pela extração de madeira. Entretanto, alega-se também que muito pouco se sabe sobre a distribuição entre BA e PB onde uma pequena população vive na Reserva Biológica Guaribas, o que sugere que no passado sua distribuição pode ter sido mais ampla do que hoje, e ou ainda não descarta-se a possibilidade dessa subpopulação ter sido plantada (Smith et al., 2016). Desmatamento, expansão urbana, pecuária, mineração e turismo (Lapig, 2018; MMA/IBAMA, 2003; SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019; SOS Mata Atlântica e INPE, 2019) são responsáveis pelo declínio de EOO, AOO, qualidade do habitat e número de subpopulações. O Atlas da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019)  indica que restam apenas 16,2 milhões de hectares de florestas nativas mais preservadas acima de 3 hectares na Mata Atlântica, tendo sido desmatados 87,6% da área original do bioma. Apesar dos resultados positivos pela adesão de estados à política de desmatamento zero da Mata Atlântica, cinco estados ainda mantém índices inaceitáveis de desmatamento (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019), entre eles Minas Gerais com 3379 ha e Bahia com 1985 ha desmatados no último período entre 2017-2018. A espécie foi avaliada em 1998 como "Vulnerável" em avaliação de risco de extinção global pela Lista Vermelha IUCN (Americas Regional Workshop, 1998) e como "Em perigo" (EN) de extinção em avaliação de risco, em nível nacional (MMA, 2014), com base na redução populacional associada a declínios passados, nacionalmente representadas pela grande pressão antrópica sobre a Floresta Ombrófila Densa. Portanto, foi mantida a categoria de risco como "Em perigo", considerando a população como severamente fragmentada e redução populacional passada por causas não cessadas com base na atualização da informação sobre nível de ameaça da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019). A avaliação de risco acessada pelos critérios A2 e B2 foi assumida uma vez que dois dos estados de ocorrência da espécie (Bahia e Minas Gerais) ainda não conseguiram manter o compromisso de desmatamento zero para o Bioma Mata Atlântica. Dessa forma, é possível suspeitar que a espécie tenha sofrido um declínio populacional de pelo menos 50% nas ultimas três gerações da espécie, que deve ultrapassar 100 anos considerando seu ciclo de vida muito longo. Existem dados sobre número de indivíduos em diferentes localidades e dados sobre redução populacional com subpopulações restritas a um indivíduo. Assim, recomenda-se pesquisa aprofundada sobre tendência populacional, para projeção de declínios ou extinções locais, especialmente considerando os atuais níveis de desmatamento nos diferentes habitats de ocorrência da espécie. A espécie localmente abundante em algumas reservas (ex. no Norte do ES) apresenta alguns indivíduos muito grandes, bem conservados, que produzem sementes viáveis, na beira de estradas ou em fragmentos de mata em fazendas e cidades (Smith et al. 2016). Portanto, recomenda-se definição de ações de conservação ex-situ, incluindo avaliação da possibilidade de estoque em banco de sementes e/ou DNA para repovoamento de populações locais em declínio. Ainda, considerando os atuais níveis de exploração e ausência de controle e legislação comercial específica, recomenda-se a candidatura da espécie para inclusão na listagem CITES.

Último avistamento: 2018
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Sim
Razão para reavaliação? Other
Justificativa para reavaliação:

A espécie foi avaliada como "Vulnerável" (VU) à extinção na lista vermelha da IUCN (AMR, 1998). Posteriormente, avaliada pelo CNCFlora/JBRJ em 2013 (Martinelli e Moraes, 2013) e consta como "Em Perigo" (CR) na Portaria MMA 443/2014 (MMA, 2014), sendo então necessário que tenha seu estado de conservação reavaliado após 5 anos da última avaliação.

Houve mudança de categoria: Sim
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 EN

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em: Revis. Gen. Pl. 3[3]: 89. 1898. Conhecida popularmente como jequitibá-rosa, jequitibá-vermelho, jequitibá-cedro, jequitibá-de-agulheiro, estopa, jequitibá-grande, pau-caixão, pau-carga, jequitibá-branco, congolo-de-porco e caixão (Prance, Mori, 1979; Mori, 1995; Lorenzi, 2002). Possui proximidade morfológica com Cariniana parvifolia S.A.Mori et al. sendo diferenciada por apresentar ângulos dos ramos dentro da copa geralmente retos, casca interna avermelhada e fruto estreitando do anel calicino ao ápice (Mori 1995).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Além da alta comercialização da madeira para utilização na construção civil e fabricação de móveis e outros utensílios, é dito que sua casca possui propriedade medicinais (Prance; Mori, 1979).

População:

Detalhes: Em uma área amostradade 0,5 ha na cidade de Viçosa (MG) a representatividade da espécie foi de 1indivíduo com dap > 15 cm, o autor relata que nessa região a espécie é rara devido ao grande valor comercial (Silva et al., 2004). Em outro estudo realizado em Coqueiral (MG) em uma área de 1ha a representatividade da espécie também foi de 1 indivíduo com CAP >15,7 cm (Rocha et al., 2005). No estudo de Cielo Filho; Santini (2002) realizado em Campinas (SP) em área de 2 ha que passou por um reflorestamento em 1978, a representatividade da espécie foi maior com 73 indivíduos com PAP > 15 cm. Apresenta dispersão irregular e descontínua, ocorre em grande densidade em algumas áreas e pouca densidade ou ausente em outras (Lorenzi, 2002). Trabalhos de campo recentes (Smith et al., 2016) sugerem que a espécie é bem comum, mas assim como outras espécies de Cariniana, a madeira de C. legalis é muito valiosa e populações desta espécie têm diminuído, pela extração de madeira. Segundo estes autores (Smith et al. 2016), C. legalis é localmente abundante em algumas reservas (ex. no Norte do ES) e não é incomum encontrar indivíduos muito grandes, bem conservados, que produzem sementes viáveis, na beira de estradas ou em fragmentos de mata em fazendas e cidades. Alegam também que muito pouco se sabe sobre a distribuição entre BA e PB onde uma pequena população vive na Reserva Biológica Guaribas, Rio Tinto, PB, o que sugere que no passado sua distribuição pode ter sido mais ampla do que hoje, e também não se sabe se esta população foi plantada (Smith et al., 2016).
Referências:
  1. Silva, N.R.S., Martins, S.V., Meira Neto, A.A., Souza, A.L., 2004. Composição florística e estrutura de uma Floresta Estacional Semidecidual Montana em Viçosa, MG. Revista Árvore, v. 28, n. 3.
  2. Rocha, C.T.V., Carvalho, D.A., Fontes, M.A.L., Oliveira Filho, A.T., Van Den Berg, E., Marques, J.J., 2005. Comunidade arbórea de um continuum entre floresta paludosa e de encosta em Coqueiral, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 28(2): 203-212.
  3. Cielo Filho, R., Santin, D.A., 2002. Estudo florístico e fitossociológico de um fragmento florestal urbano - Bosque dos Alemães, Campinas, SP. Revista Brasileira de Botânica, 25 (3): 291-301.
  4. Lorenzi H., 2002. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 151 p.
  5. Smith, N.P., Mori, S.A., Law, W., Ribeiro, M., 2016. Conservation Assessment oh Lecythidaceae from eastern Brazil. Kew Bulletin 71: 14

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Densa Submontana, Floresta Ombrófila Densa Submontana
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Detalhes: Árvores de até 38 m de altura (Folli 438), que habita a Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila (Ribeiro et al., 2019).
Referências:
  1. Ribeiro, M., Catenacci, F.S., Smith, N.P., Cabello, N. B., 2019. Lecythidaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8543>. Acesso em: 03 Jun. 2019

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future national high
O município de Almadina com 24523 ha tem 10,8% de seu território (265748 ha) preservado com vegetação nativa (Lapig, 2018). O município de Amargosa com 46319 ha possui 1394 ha que representam 3% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Buerarema com 23046 ha possui 2,36 ha que representam 0,01% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Conde com 96464 ha possui 23550 ha que representam 24% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Entre Rios com 11530 ha possui 13316 ha que representam 11% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Ibicaraí com 23194 ha possui 598 ha que representam 2,5% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Ipiaú com 26733 ha possui 1630 ha que representam 6% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Itagibá com 78883 ha possui 12279 ha que representam 15% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Jussari com 35685 ha possui 1611 ha que representam 4,5% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Pau-brasil com 60653 ha possui 5407 ha que representam 9% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Prado com 174030 ha possui 47287 ha que representam 27% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Aracruz com 142387 ha possui 15417 ha que representam 10% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Pancas com 82993 ha possui 13216 ha que representam 15% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Santa Teresa com 68316 ha possui 13933 ha que representam 20% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Serra com 55169 ha possui 7047 ha que representam 13% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Carangola com 35340 ha possui 2976 ha que representam 8% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Faria Lemos com 16522 ha possui 2035 ha que representam 12% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Monte Belo com 42128 ha possui 2644 ha que representam 6% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Paudalho com 27751 ha possui 4665 ha que representam 17% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Vinhedo com 8160 ha possui 441 ha que representam 5% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019)
Referências:
  1. SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, 2019. Aqui tem Mata? https://aquitemmata.org.br/#/, (acesso em 29 de maio 2019).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3 Livestock farming & ranching habitat past,present,future regional high
O município de Almadina com 24523 ha tem 37% de seu território (9155 ha) convertidos em pastagens (Lapig, 2018). O município de Amargosa com 46318 ha tem 47% de seu território (21682 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2018). O município de Entre Rios com 121168 ha tem 15% de seu território (18233 ha) utilizados como pastagem, mais 19% de florestas plantadas (22578 ha) (Lapig, 2018). O município de Ibicaraí com 23095 ha tem 42% de seu território (9680 ha) transformado em pastagens (Lapig. 2018). O município de Ipiaú (BA), com 26733 ha, contém cerca de 27% de sua área (7122 ha) convertida em pastagens (Lapig, 2018). O município de Itagibá com 81816 ha tem 48% de seu território (39541 ha) utilizado para pastagem (Lapig, 2018). O município de Jussari com 32919 ha tem 53% de seu território (17310 ha) transformados em pastagens (Lapig, 2018). O município de Pau Brasil (BA) com 62630 ha tem 12821 ha (20%) de seu território convertidos em pastagem (Lapig, 2018). O município de Prado com 168684 ha, possui 30% de seu território (49621 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2018). O município de Aracruz (ES) com 142334 ha tem 28462 ha (20%) de seu território convertidos em pastagem (Lapig, 2018). O município de Cachoeiro de Itapemirim com 87818 ha tem 48% de seu território (41718 ha) convertidos em pastagens (Lapig, 2018). O município de Colatina (ES) com 141680 ha tem 60492 ha (43%) de seu território convertidos em pastagem (Lapig, 2018). O município de Conceição da Barra com 118489 ha, tem 50% de seu território (60333 ha) desmatados e utilizados para reflorestamento (38794 ha), plantio de cana-de-açúcar (11043 ha) e pastagem (10496 ha) (Lapig, 2018). O município de Conceição do Castelo com 36923 ha tem 20,5% de seu território (7597 ha) transformado em pastagens (Lapig, 2018). O município de Fundão com 28860 ha, tem 43% de seu território (12512 ha) desmatados e utilizados para pastagem (Lapig, 2018). O município de Pancas com 82993 ha possui 18% de seu território (14880 ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2019). O município de Santa Leopoldina (ES), com cerca de 71.809 ha, contém 17,4% de sua área convertida em pastagens (Lapig, 2018). O município de Santa Teresa com 68315 ha tem 12,3% de seu território (8449 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2018). O município de Serra, com 55164ha, tem 26,5% de seu território (14164ha) transformados em pastagens (Lapig 2018). O município de Carangola com 35340 ha tem 54% de seu território (19256 ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2018). O município de Faria Lemos com 16522 ha tem 55% de seu território (9151 ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2018). O município de Matozinhos com 25228 ha possui 48% de seu território (12143 ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2019). O município de Monte Belo com 42128 ha possui 41% de seu território (17192 ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2019). O município de Paraopeba com 62562 ha possui 3963% de seu território convertidos em pastagem (31354 ha), Floresta plantada (6263 ha), lavoura de milho e soja (1717 ha) (Lapig, 2019). O solo da região conhecida como Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio, onde está situada a Reserva Ecológica Estadual de Jacarepiá, possui cerca de 41 % em estágio degradado, com predomínio para as pastagens para pecuária de corte em grandes propriedades (Bohrer et a., 2009). O município de Cachoeiras de Macacu com 95380 ha, tem 26% de seu território (25223 ha), convertidos em pastagem (Lapig, 2018). O município Campos dos Goytacazes possui 173248 ha dedicadas à pastagem, equivalente a 43% da área do município (Lapig, 2018)
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html (acesso em 14 de Novembro de 2018).
  2. Bohrer, C.B. de A., Dantas, H.G.R., Cronemberger, F.M., Vicens, R.S., Andrade, S.F. de, 2015. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Mapeamento da vegetação e do uso do solo no Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio , Rio de Janeiro. Rodriguésia 60, 1–23. Barbosa, K.C., 2003. Turismo em Armação dos Búzios (RJ, Brasil): percepções locais sobre os problemas da cidade e diretrizes prioritárias de apoio à gestão ambiental. Universidade Federal Fluminense. Ribeiro, G., Oliveira, L.D. de, 2009. As Territorialidades da Metrópole no Século XXI: Tensões entre o Tradicional e o Moderno na Cidade de Cabo Frio-RJ. Geo UERJ 3, 108–127.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 5.3 Logging & wood harvesting habitat,locality,occupancy,occurrence past,present,future regional high
Na região de entorno e mesmo dentro dos limites da REBIO Guaribas (Reserva Biológica Guaribas) no município de Rio Tinto, a exploração de madeira centradas nas fitofisionomias florestais é ainda uma atividade comum que, apesar de existirem leis que as protegem - como Lei Nº 4.771/65, Lei 9.605/98 e Decreto 750/93 -, essas formações continuam sendo exploradas clandestinamente, assim como algumas espécies ameaçadas de extinção tais como a Caesalpinia echinata, mais conhecida como pau-brasil (MMA/IBAMA, 2003).
Referências:
  1. MMA/IBAMA, 2003. Unidade de Conservação e Zona de amortecimento in: Plano de Manejo Reserva Biológicas Guaribas. Brasília, vol. 5, p. 53. http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/rebio_guaribas.pdf (Acesso em: 19 de julho de 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2 Agriculture & aquaculture habitat,locality,occupancy,occurrence past,present,future regional high
A região de entorno da REBIO Guaribas (Reserva Biológica Guaribas) está inserida em uma matriz antrópica, cuja atividade principal é o plantio de cana-de açúcar, hortifrutigranjeiros em geral (mamão, banana, abacaxi, pimentão, tomate, feijão, arroz, etc.), e a formação de pastagens (MMA/IBAMA, 2003). O município de São Lourenço da Mata (PE), com cerca de 26.210 ha, contém 15% de sua área convertida em plantações de cana-de-açúcar (Lapig, 2018).
Referências:
  1. MMA/IBAMA, 2003. Unidade de Conservação e Zona de amortecimento in: Plano de Manejo Reserva Biológicas Guaribas. Brasília, vol. 5, p. 52-53. http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/rebio_guaribas.pdf (Acesso em: 19 de julho de 2018).
  2. Lapig, 2018. http://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html (acesso em 14 de Novembro de 2018).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5 Law & policy on going
Categorizada como Vulnerável (VU). Lista Vermelha IUCN (2011). A espécie foi avaliada como "Em perigo"(EN) no Livro Vermelho CNCFlora 2013 e está incluída no ANEXO I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014).
Referências:
  1. CNCFlora. Cariniana legalis - in Lista Vermelha da flora brasileira Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/ Cariniana legalis>.
  2. Ministério do Meio Ambiente (MMA), 2014. Portaria nº 443/2014. Anexo I. Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Disponível em: http://dados.gov.br/dataset/portaria_443. Acesso em 14 de abril 2019.
Ação Situação
1 Land/water protection on going
A espécie foi coletada na FLONA de Pacotuba - ES (Dias 775), Reserva Florestal da CVRD - ES (Silva 149), Estação Ecológica Mata do Pau Brasil - PB (Gadelha Neto 2931), Reserva Biológica Guaribas - PB (Sevilha 2361), Reserva Biológica de Tapacurá - PE (Silva 1), Parque Estadual da Pedra Branca - RJ (Ribeiro et al. 989), Estação Ecológica Estadual de Paraíso - RJ (Martinelli 9968), Reserva Ecológica de Guapiaçu - RJ (Baez 1380), Reserva Biológica do Tinguá - RJ (Lima et al. 8456), Reserva Ecológica Rio das Pedras (Bovini 1746), Parque Estadual da Serra do Mar - SP (Stefani 14), Parque Estadual de Vassununga - SP (Ceccantini 3949), Reserva Estadual de Águas da Prata - SP (Toledo Filho 26035)
Ação Situação
1 Land/water protection needed
A espécie ocorre em territórios que serão contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção : Territórios 10, 18, 20, 32, 33 e 35.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
9. Construction/structural materials natural stalk
​A madeira de Cariniana legalis, muito apreciada, é utilizada na fabricação de folhas faqueadas, móveis, brinquedos, salto de calçados, lápis, cabos de vassoura (Prance; Mori, 1979; Lorenzi, 2002).
Referências:
  1. Prance, G.T., Mori, S.A., 1979 Lecythidaceae: Part I: The Actinomorphic-Flowered New World Lecythidaceae (Asteranthos,Gustavia, Grias, Allantoma, & Cariniana). New York, NY: New York Botanical Garden, 270 p.
  2. Lorenzi H., 2002. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 151 p.